CORINTHIANS x PALMEIRAS



Estava ancioso por esse jogo. Além de ser clássico, que sempre é bom , fazia um tempinho que não ia ao estádio. Desta vez fui acompanhar a caminhada da Rua São Jorge, grupo que ainda não tinha fotografado de perto. Sai de casa cedo, pouco antes do meio dia. Cerca de meia hora depois já estava na zona leste, na tão famosa rua. Apesar de ser a primeira vez que estava na ali, praticamente me senti em casa porque encontrei muitos amigos do interior, região onde morei por 18 anos. Assumo que sou caipira e bairrista, e me senti muito mais a vontade olhando em volta e vendo tanta gente de Arthur Nogueira, Limeira, Americana, Santa Barbara d´Oeste... teria uns 100 caras do interior ali, pelo menos.





Como se estivessemos antes de uma batalha, afinal clássico é isso, todos foram reunidos para ouvir algumas palavras de incentivo e garra. Em seguida, seguimos caminhando algumas quadras até o metrô Carrão, onde havia um grande contigente policial à espera. Já que não se pode mesmo esperar muito respeito dos homens de farda, os torcedores só puderam entrar na estação após serem revistados, fato que foi encarado com um 'tudo bem, deixa pra lá', afinal, de todos os males que os fãs de futebol sofrem, esse foi um dos menores. Depois de certa espera, a polícia avisa que 'chegou o trem de vocês', então descemos e entramos num metrô vazio, que segue direto, sem paradas, até Marechal Deodoro. Em pouco tempo o grupo já está de volta à rua e depois de mais algumas quadras, chega finalmente ao início da avenida Pacaembu. A Rua São Jorge segue muito bem organizada e sem escolta, até chegar ao estádio com o famoso "saaa sabadabada é nóis que tá!"





O jogo começou muito bem, com os dois lados querendo superar a arquibancada rival. De um lado, os palmeirenses no tobogã se faziam ouvir por todo o estádio. Do outro, os corinthianos soltavam balões e cantavam cada vez mais alto. É uma pena que em São Paulo o apoio tenha que ser basicamente na voz e no grito. Bandeiras de bambu, fumaça, sinalizadores e tantos outros elementos poderiam dar um brilho maior ao clássico. Por essa e outras razões, surgiu recentemente a Associação Nacional dos Torcedores, que começou no Rio de Janeiro e já está também em São Paulo.











A torcida palmeirense, como sempre, mostrou sua criatividade na bancada. O grande diferencial dos alviverdes, e fato que deve ser muito respeitado, são as referências à história e tradição do clube. Eu pretendia chegar ao estádio a tempo de alcançar o deslocamento palestrino, mas os visitantes apareceram cedo, cerca de uma hora antes do início da partida.







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Antes de ir aos jogos eu sempre falo e conto com a ajuda de muita gente. O mínimo que posso fazer é lembrar e agradecer a todos, que de certa forma também são responsáveis pelas fotos. Todo o registro da Rua São Jorge só foi possível graças ao Pulguinha, que agradeço muito. Um abraço também aos amigos Guerreiro, Gordão, Tatinho e todo mundo da quadra que sempre colabora; e também aos amigos da Mancha, principalmente meu parceiro Luquinhas da Ceret (MV/ZL).