AUDAX x SANTO ANDRÉ



Apesar dos metrôs da cidade já estarem funcionando normalmente no horário do jogo (uma pane nas linhas ferrou mais de 150 mil paulistanos nesta manhã), ir nesta partida era quase impossível. O apito inicial era às três da tarde em plena quarta-feira. Além disso, a bola rolava no estádio do Nacional, na zona Oeste de São Paulo - e bem longe de Santo André. Isso tudo serviu para esta disputa representar melhor ainda a situação dos clubes menores do Estado. O Ramalhão tem torcida e tem tradição. Já foi campeão da Copa do Brasil vencendo o Flamengo em pleno Maracanã e recentemente ficou em segundo no Paulista, vencendo o Santos de Neymar e Ganso na final. Porém, o momento dos andreenses é de desespero. Metade do estádio Bruno José Daniel está demolida e por isso a cancha está fechada para jogos (mas não para festas). A torcida não vê uma partida em casa há tempos e o clube segue caindo - atualmente joga a C do brasileiro e está a um ponto da zona de rebaixamento da série B do Paulista. Para completar, hoje o time perdeu. E a desgraça consegue ser ainda maior porque do outro lado não estava um clube, um time de verdade, mas estava o Audax - camisa que até recentemente tinha o nome de um grande mercado. Este é o grande pesadelo do futebol paulista: clubes de torcida e tradição caindo e dando lugar a aberrações como Audax, Red Bull, Olé Brasil e tantos outros. Nos estádios paulistas as proibições estão vencendo a festa. Será que agora o bu$$ine$$ vai bater a tradição?











Aposto que nem o cachorro torcia para o time do mercado