PALMEIRAS x VASCO


Ir ao estádio é um ritual. Muitos repetem roupas da sorte, mandingas ou qualquer outra coisa - mesmo sem o menor sentido - mas que possa, quem sabe, funcionar. No meu caso, visto um jeans velho, tomo o transporte público e sigo à cancha pensando no que fotografar e sobre o que escrever. Hoje a caminho do Pacaembu eu percebi o quanto estar ali já tinha melhorado minha péssima semana. Três dias horríveis de trabalho e chuva, em pleno feriado. Mas o futebol salvou tudo. Obrigado, senhor Charles Miller. Pisar na arquibancada de concreto não é o 'ópio do povo', é algo muito mais complexo. É paixão, obrigação, compromisso e loucura. Talvez até um pouco mais. Por isso o futebol é tão fantástico, mesmo com jogadores como esses que atualmente vestem o manto alviverde.


A música diz "a Mancha é guerreira". De fato, é mesmo. Mesmo em um momento tão difícil do time e da torcida, ainda banida, eles estão na arquibancada e continuam fortes. A festa obviamente não é mais a mesma, mas porque foi proibida. Liberdade à Mancha Verde, liberdade em todas as arquibancadas!






Algum matemático me diz quantos torcedores abarrotados e barulhentos caberiam no lugar destas cadeirinhas vazias?




Hoje eu estranhei a ausência da Força Jovem do Vasco no primeiro tempo. A bola rolava e nada deles nem de faixa. Já no segundo tempo eles apareceram e então fui ao encontro dos amigos da 23ª Família. Questionados sobre o atraso, os vascaínos responderam que estavam no estádio uma hora antes de começar a partida, mas só foram liberados na metade do jogo. Uma vergonha que infelizmente acontece muitas vezes em São Paulo e em outras regiões.